Esta actividade teve como objectivo identificar as características e discutir o processo de construção de identidade na adolescência. Foi solicitada a leitura e síntese dos textos:
- Huffaker, D.; Calvert, S. (2008). Gender, Identity and Language Use in Teenage Blogs. In Journal of Computater-Mediated Comunication, 10 (2), article 1.
- Schmitt, K.; Dayanim, S.; & Matthias, S. (2008). Personal Homepage Construction as an Expression of Social Development. In Development Psychology, 44 (2), 496-506.
Posteriormente foram discutidas algumas reflexões relativamente aos mesmos.
Mais importante do que analisar particularmente cada uma das hipóteses colocadas pelos autores do estudo e as suas confirmações individuais, é analisar o que significam essas confirmações - ou não - como um todo.
Achei curioso o facto de algumas das hipóteses do estudo de "Huffaker, D.; Calvert, S. (2008). Gender, Identity and Language Use in Teenage Blogs. In Journal of Computater-Mediated Comunication, 10 (2), article 1" não terem sido comprovadas, ao contrário do que seria de esperar.
É verdade que existem diferenças de género no que toca a aspectos como o tipo de linguagem, a predisposição para a partilha de dados pessoais, demonstração de emoções/afectos, entre outros. O facto de ter sido demonstrado que, em muitas situações, não existem diferenças de género no modo de actuação dos jovens, leva-me a pensar que de facto a Internet (enfim, a tecnologia de uma maneira geral) está a moldar a identidade dos jovens.
Tanto assim é que, enquanto "antigamente" essa construção de identidade era baseada nas experiências vividas presencialmente, onde se fazia clara distinção entre rapaz e rapariga, hoje essa construção é feita em grande parte online, onde existe um esbatimento do conceito que separa o rapaz da rapariga e vice-versa. Se antes um diário era para meninas e se fosse um rapaz era um "mariquinhas" (perdoem-me o termo), hoje um blog é para todos e é uma extensão da vida real, muitas vezes um parceiro de desabafos, outras um meio para passar mensagens, sejam elas de amor a uma nova namorada ou ódio a uma amiga que roubou o namorado.
De facto, como a Anabela escreveu no final "A construção da identidade dos adolescentes faz-se com a interacção com os outros e as novas tecnologias veio aumentar essa interacção".
Só que essa interacção está a acontecer de forma não presencial e quase exclusivamente com outros adolescentes, pelo que as experiências únicas de interacção com pessoas de outras classes etárias, e as experiências, também únicas, da interacção presencial, estão-se a perder.
Poderemos certamente encontrar aspectos positivos nesta "mutação construcional", mas também se encontrarão muitos negativos.
Parece-me que é mesmo necessário encontrar equilíbrio entre o real e o virtual, como disse a Anabela e muito bem!
Achei curioso o facto de algumas das hipóteses do estudo de "Huffaker, D.; Calvert, S. (2008). Gender, Identity and Language Use in Teenage Blogs. In Journal of Computater-Mediated Comunication, 10 (2), article 1" não terem sido comprovadas, ao contrário do que seria de esperar.
É verdade que existem diferenças de género no que toca a aspectos como o tipo de linguagem, a predisposição para a partilha de dados pessoais, demonstração de emoções/afectos, entre outros. O facto de ter sido demonstrado que, em muitas situações, não existem diferenças de género no modo de actuação dos jovens, leva-me a pensar que de facto a Internet (enfim, a tecnologia de uma maneira geral) está a moldar a identidade dos jovens.
Tanto assim é que, enquanto "antigamente" essa construção de identidade era baseada nas experiências vividas presencialmente, onde se fazia clara distinção entre rapaz e rapariga, hoje essa construção é feita em grande parte online, onde existe um esbatimento do conceito que separa o rapaz da rapariga e vice-versa. Se antes um diário era para meninas e se fosse um rapaz era um "mariquinhas" (perdoem-me o termo), hoje um blog é para todos e é uma extensão da vida real, muitas vezes um parceiro de desabafos, outras um meio para passar mensagens, sejam elas de amor a uma nova namorada ou ódio a uma amiga que roubou o namorado.
De facto, como a Anabela escreveu no final "A construção da identidade dos adolescentes faz-se com a interacção com os outros e as novas tecnologias veio aumentar essa interacção".
Só que essa interacção está a acontecer de forma não presencial e quase exclusivamente com outros adolescentes, pelo que as experiências únicas de interacção com pessoas de outras classes etárias, e as experiências, também únicas, da interacção presencial, estão-se a perder.
Poderemos certamente encontrar aspectos positivos nesta "mutação construcional", mas também se encontrarão muitos negativos.
Parece-me que é mesmo necessário encontrar equilíbrio entre o real e o virtual, como disse a Anabela e muito bem!
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